La ricerca-formazione-intervento collaborativa in Salute Collettiva: esperienze di frontiera tra università, servizi e territori
DOI:
https://doi.org/10.13133/2532-6562_4.8.17077Parole chiave:
Salute Collettiva, ricerca-formazione-intervento, educazione permanente in saluteAbstract
Negli ultimi vent’anni, i cambiamenti demografici, epidemiologici, culturali e sociali hanno reso necessario ripensare l’organizzazione dei sistemi sanitari, le competenze dei professionisti e la loro formazione. L’esigenza di analizzare le dimensioni soggettive della malattia e l’urgenza di mettere a punto interventi centrati sulle persone nei loro contesti, hanno favorito l’adozione di metodologie di ricerca-intervento mutuati dalle scienze sociali, associate ai quadri teorici delle Cure Primarie di tipo Comprehensive e della Salute Collettiva. Il contributo presenta un’esperienza di ricerca-formazione-intervento italo-brasiliana, multilocale e multisituata, pensata per stimolare studenti di diversi ambiti disciplinari e professionisti sanitari a mettere in campo interventi trasformativi dei servizi e dei percorsi formativi offerti dalle università. Ne emerge quanto la programmazione dei servizi, verticale e standardizzata, risulti ancora lontana dalla soggettività dei singoli territori, un limite che spesso si accompagna alla rigidità dei percorsi formativi universitari. Risulta allora necessario impegnarsi in un continuo “lavoro di scavo” che, forzando i confini istituzionali, miri a modificare le pratiche lavorative e la compartimentalizzazione dei saperi, al fine di ripensare, all’interno dei luoghi stessi della produzione dell’assistenza, interventi prossimi alle persone e ai loro contesti di vita.
In the last twenty years, demographic and epidemiological changes have made it necessary to rethink the organization of health systems, the skills of professionals and their professional education. The need to analyze the subjective dimensions of illness and the necessity to develop interventions people-centered and focused on contexts have encouraged the adoption of research-intervention methodologies borrowed from the social sciences, associated with the theoretical frameworks of Comprehensive Primary Care and Collective Health. This paper presents an Italian-Brazilian, multi-local and multi-situated educational action-research experience, designed to stimulate students from different disciplinary fields and health professionals to implement transformative interventions in health services and university courses. It emerges how much the planning of health services, vertical and standardized, is still far from the subjectivity of the territories. This limit often accompanies the rigidity of university careers. It is then necessary to engage in a continuous “archaeological work” that, forcing institutional boundaries, aims to change working practices and the segmentation of knowledge, in order to rethink, within the very places of the production of care assistance, interventions close to people and their contexts of life.
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